Os cartões de crédito são para usar. Aquela mariquice de só utilizar o crédito numa emergência é para esquecer ou, melhor, o que é isso de emergência? Para mim, por exemplo, utilizar os cartões para testar bom gosto é, claramente, uma emergência.
É sabido que eles e elas gostam demasiado de se produzirem, para o bem e para o mal, sempre que saem, sobretudo ao fim de semana. Uma camisinha, um salto alto, merdas que no fim acabam por não fazer grande diferença, uma vez que num qualquer bar, discoteca ou similar, todos vão parecer iguais, logo, o que conta, como sempre é o que se vê para além das roupinhas ou, na melhor das hipóteses, que roupinha se escolhe.
Por isso, somos facilmente enganados por uma imagem de fim de semana que em nada tem a ver com o que veremos no dia seguinte. Mais mais eficiente que olhar para a imagem delas é pô-las a tratarem da nossa imagem e ver do que são capazes. É um teste divertidíssimo mas tira muitas dúvidas.
As regras são simples: vamos de loja em loja escolher roupa para o dia a dia para mim, mas são elas que sugerem. Para além do bom ou mau gosto, ficamos, de imediato, a perceber, que homem elas querem, esperam ou nos querem transformar. Mais do que isso, ficamos a perceber, que imagem têm elas de nós, para além da que conseguiram observar num qualquer sábado à noite. E o mais engraçado disto tudo é que elas adoram compras, acham divertisíssimo e nem sequer lhes passa pela cabeça que este é um teste.
Por experiência, posso dizer que 80% dos testes terminam com uma gigantesca pintura borrada.
Há sempre um espalhanço, seja por overdress, seja por wrong style, dificilmente o dia acaba com a certeza de que tudo o que é sugerido cabia nas minhas gavetas.
Entre todos os testes de que me lembro, houve falhanços épicos, houve até falhanços que não passaram da porta da primeira loja, isto porque ela teve o azar de perguntar: "Vamos ver aqui...", indicando uma Bershka.