Não sou particularmente fan mas não tenho nada contra mulheres mais cheias, pelo contrário, os encantos nem sempre, como se pode ver nos postas que deixei atrás, têm a ver com a forma física das mulheres. Por outro lado, existem formas mais arredondadas absolutamente irresistíveis. Era o caso.
Desde o olhar, à forma como sorria, tudo naquela mulher era interessante. Um pouco acima do peso ideal, é certo, mas isso não lhe retirava a pinta e a inteligência com que sabia desenvolver um assunto e isso é, quase sempre, o melhor dos afrodisíacos. Daí ao desejo foi um passo e do desejo ao interesse em passar mais tempo com ela foi outro.
O pessoal tem muito a mania de defender a ideia de que não devemos ter problemas com aquilo que somos e, seja lá qual for o nosso peso ou formato, não devemos deixar de fazer o que nos apetece, vestir o que queremos e agir como nos der na real gana. Tangas. Um gajo tem que saber com aquilo que lida e saber tirar partido do que nos é favorável de tal forma que o que nos é desfavorável se torne quase invisível. Um tipo com um pau pequeno não vai, de certeza, andar a exibi-lo em selfies, mas poderá garantir que o dito cujo é bom trabalhador. Uma gaja com os olhos tortos preferirá mostrar-se por inteiro a tirar fotos de rosto em close-ups. É natural e saudável.
O grande problema é quando começams os a comportarmos-nos como se fossemos todos iguais, por excesso de confiança ou porque não temos um pingo de noção daquilo que realmente somos. Ora, neste caso a pintura foi borrada por demasiada descontracção.
Tu entras no quarto, já meio enrolado e prontinho para seguires em frente, fazes uma curtíssima pausa para ires até ao wc verificar se tens os preservativos, dar uma mija e olhar para o espelho e quando regressar tens a pintura borrada. Ela apresenta-se sem roupa em cima da cama, numa suposta pose sensual, própria de uma modelo de revista ou do início de um filme erótico onde a visão provoca uma explosão de tesão no gajo que tem a sorte de a ver. Ora tudo isto é muito lindo quando a pose é feita, de forma natural, por uma modelo ou, no mínimo uma gaja fisicamente irresistível. Não era o caso.
O excesso de confiança, o à vontade com o próprio corpo e a tentação de replicar uma pose sensual resultou num cenário patético onde um corpo de poucas curvas se apresentava depositado em cima de uma cama, com um sorriso honesto que se tornara decadente. E, num segundo, a sensualidade da voz, do sorriso e até dos gestos descontraídos perdia-se numa pose desconcertante onde o corpo errado estava no local errado.
E como acabou?
ResponderEliminar"Cumpriu-se", mas sem grande entusiasmo; não se repetiu e optou-se depois pela escapatória óbvia: uma boa amiga.
EliminarAo menos alegraste um lar :)
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